As vítimas de cyberbullying frequentemente enfrentam uma série de efeitos psicológicos que podem se manifestar de diferentes maneiras. Entre os principais impactos estão:

• Ansiedade: As vítimas costumam sentir uma constante preocupação e medo em relação à possibilidade de novos ataques virtuais. Essa ansiedade pode levar a dificuldades em se concentrar nas atividades diárias e a um estado de alerta excessivo.
• Depressão: O sentimento de isolamento e a sensação de impotência em relação à situação podem contribuir para o desenvolvimento de sintomas depressivos. Muitas vítimas relatam tristeza profunda, desinteresse por atividades que antes apreciavam e até pensamentos suicidas.
• Baixa autoestima: O cyberbullying muitas vezes envolve insultos e humilhações públicas, o que pode minar a autoestima da vítima. A percepção negativa sobre si mesma pode levar a um ciclo vicioso de autocrítica e insegurança.

O cyberbullying é uma questão séria que afeta não apenas o bem-estar imediato das vítimas, mas também sua saúde mental a longo prazo. É fundamental promover a conscientização sobre essa problemática e implementar estratégias de prevenção e apoio às vítimas, visando mitigar os danos psicológicos causados por essa forma de violência.

Nos casos de cyberbullying, uma série de padrões pode ser encontrada. As redes sociais são as ferramentas usadas para promover os assédios, mas eles também podem ser feitos nas salas de aula.

Na maioria dos casos, a intimidação é feita por várias pessoas. O mais comum é que o agressor e o agredido sejam colegas de sala de aula. Os ataques não são pontuais, eles ocorrem com frequência. Cada criança vive o problema de uma forma específica e cada situação é diferente, mas as sequelas psicológicas do assédio virtual são geralmente graves: afeta a autoestima e a capacidade dos jovens para se relacionarem entre si, o que pode provocar, em casos extremos, depressão.

Qualquer estudante pode ser vítima desse tipo de agressão.

Carolina Dieckmann, uma famosa atriz brasileira, que foi vítima de divulgação de imagens íntimas, teve seu computador invadido e 36 fotos roubadas, além de sofrer uma tentativa de extorsão para evitar a exposição, por um grupo de hackers.

Teve sua lei Carolina Dieckmann n° 12.737/2012, que entrou em vigor há 10 anos. A aprovação aconteceu menos de dois anos após Carolina ser vítima deste caso. Esta lei foi sancionada para assegurar a privacidade e informações pessoais dos cidadãos no âmbito digital.

Em 3 de agosto de 2021, Lucas Santos, de 16 anos, foi encontrado morto no apartamento onde morava, em Natal, no Rio Grande do Norte. O rapaz tirou a própria vida após ser vítima de comentários homofóbicos, depois que postou um vídeo no Tik Tok.

"Ele postou uma brincadeira de adolescente com os amigos e achou que as pessoas fossem achar engraçado, mas não acharam. Como sempre, as pessoas estão destilando ódio na internet. Como sempre as pessoas deixam comentários maldosos. Meu filho acabou tirando a vida. Eu estou desolada, estou acabada, estou sem chão", disse Walkyria em vídeo publicado na época.

Antes de tirar a própria vida, Lucas chegou a publicar um vídeo pedindo desculpas pela publicação, dizendo que era hétero e que a gravação não passava de uma brincadeira com os amigos.

Megan Meier, uma adolescente de 13 anos que cometeu suicídio por enforcamento, após ser vítima de cyberbullying. O caso de Megan foi o primeiro caso real de cyberbullying, que foi registrado em 2006.

Lori Drew e sua filha Ashley (ex amiga de Megan), fizeram um perfil falso fingindo ser um adolescente. Elas usaram essa conta para obter informações sobre a garota e humilhá-la nas redes sociais.

O motivo de elas terem feito isso é que, supostamente, Megan teria criado rumores sobre sua filha, Ashley.